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Danny Trejo Feat. Lindsay Lohan

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dia de praia em família.

Do melhor ao pior que assisti na nova tecnologia de cinema 3D até hoje, minha lista começa com Avatar e termina com Alice. Como só vi três filmes dentro desse grupo, posso revelar que o filme do meio foi a animação Como Treinar seu Dragão, que por muitos motivos se manteve a léguas de distância dos caminhos miseráveis em que prossegue Tim Burton. Mas nada melhor me esperava do que aquela que eu acreditava que seria a minha pior decepção: Piranha 3D. Não, eu não assisti em 3D – mas vou sofrer eternamente por não poder ter visto esse espetáculo. E devo me redimir: Alexandre Aja, nunca mais desconfiarei de você novamente!

O filme de Aja não só é um dos melhores filmes a ser lançado ultimamente, como que simplesmente é o melhor do mainstream de horror em muitos meses de seca. O ultimo lançamento em cinema, no gênero, foi Sorority Row (2D) e Premonição 4 (3D). Nenhum dos dois eu cheguei a assistir, mas não é preciso nem chegar perto deles pra sentir o cheiro de inferioridade.

Brook by Aja.

A primeira coisa que é um acerto no filme de Aja: a duração. Um filme extremamente curto, com seus 88 minutos de exibição que são um verdadeiro espetáculo. Espetáculo, inclusive, é a palavra certa: reconhecendo que o esperado pelos espectadores do cinema 3D é, mais do que um filme, uma experiência, Aja desce a mão com tudo e sem pena. Esse é o seu segundo acerto. E vão e vêm as mulheres nuas, com destaque para Kelly Brook e Riley Steele em uma cena que deixaria Fulci orgulhoso; queeeee zumbi vs. tubarão que nada! é aranha vs. aranha debaixo d’água e com pés de pato. É o Aja passando na frente de Tinto Brass com seus mirabolantes planos de um pornô 3D. E quando a sangueira deve rolar, os malabarismos de Tubarão 2 não chegam nem à ponta da unha do mindinho dos pés daquilo que Aja é capaz de realizar. Em meio a isso tudo, o filme consegue ser leve sem ser desleixado, e tampouco tenta se passar por sério: muito pelo contrário, se diverte com os espectadores, regurgitando até pinto mutilado em três dimensões. Não há filme melhor no momento. E, mesmo sem ter assistido na lisergia do 3D, já risquei Avatar da minha lista para garantir o devido lugar de Piranha 3D. A César o que é de César.

O sangue.

O sexo.

O interessante aqui é a moda do featuring, um estratagema do mercado holywoodiano que se observa em outros dois filmes lançados atualmente de forma muito mais explícita. Enquanto no filme de Aja temos a participação breve de Eli Roth em meio a nomes menores mas de interessante advertising como a Riley xoxota Steele (nada como piranhas em um filme sobre piranhas), em Machete de Robert Rodriguez o sistema de featuring é a grande base da campanha promocional – e em The Expendables de Stallone, não só a base para a promoção, mas a base para toda a existência do filme.

Gêmeas enfermeiras e suas psicoses ambulantes.

Machete é um dos lançamentos legais em cartaz este mês nos EUA, que perde em ritmo de diversão pra Piranha 3D mas não deixa de ser um filme de grande (baixo) nível e que merece ser assistido com a devida atenção. Digamos que é o Grindhouse pt. 2, sem a metade do Tarantino. Mas neste, Robert Rodriguez viaja menos no fantástico e na busca pelo grandiosismo, fazendo um filme um pouco mais consistente que o segmento Planeta Terror de Grindhouse. As falhas, digamos, são as mesmas encontradas em Era Uma Vez no México, mas assim como essas falhas não desmerecem o bom resultado em Era Uma Vez..., elas também não destroem as qualidades encontradas em Machete. A seqüência inicial, inclusive, é uma maravilha retrô com toques modernos de telefonia presidiária. Nunca na história do cinema uma vagina foi explorada dessa maneira. Ponto pra Robert Rodriguez.

Mudança de Hábito 3

Outro ponto vai para o sucesso que o filme obtém em, pela primeira vez, conferir um apelo feminino à figura de Michelle Rodriguez: ainda que interpretando uma personagem masculina, como de costume, a câmera de Robert R., algumas pitadas de atuação, desvios no roteiro e as escolhas do figurino revelam uma felina onde antes se observava o próprio Mike Tyson. Em meio a isso tudo, Cheech Marin brevemente como um padre maconheiro (Cheech e Chong feelings), Robert deNiro sempre muito Robert deNiro, e dois pontos altíssimos: Steven Seagal (que talvez estivesse no filme errado, ou não seria ele um potencial mercenário?) no melhor papel que já fez, e no melhor filme que já fez; e Lindsay Lohan, nua, apaixonando-se pelo hábito em uma cena hilária e surgindo fantasiada de freira pistoleira. Mais piada que isso só a cena em que ela é buscada pelo pai na boca do tráfico, em estado altamente dopado e gofando como Lindsay Lohan. E parabéns a Danny Trejo, o Machete, que não desfere quase nenhuma fala o filme inteiro – mas desfere muita facãozada, bisturizada e termômetrozada -, que vai se tornar um ícone e, ainda por cima, ganhou um beijo da Jessica Alba. Parabéns, cucaracha.

Bom logotipo, Rambo.

Já o filme de Stallone, enquanto acerta no featuring e nas doses de violência – além de se mostrar como uma espécie de retorno aos filmes de ação quase artesanais – erra na falta de fêmeas em cena. A testosterona falou mais alto e temos boas cenas de violência e gore aqui, à base de armamento pesado, mas a ambientação projetada para o filme não inclui espaço pra nenhuma mulher. Abre-se uma exceção para Gisele Itié (!), mas, mesmo que ela seja um ponto crucial para o desenvolvimento do plot, ela só funciona como estopim para a violência e não participa ativamente nem fisicamente. Quase não aparece dentro das lentes da câmera, quanto mais oferecendo um pouco de pele à mostra para os espectadores másculos. Em Machete se exploram bastante as mulheres nuas em cena, mas tudo se mantém em um nível respeitável, nos moldes americanos (leia-se não mostrar pêlos pubianos ou curvinhas vulvilineas), enquanto que em Piranha 3D a festa corre solta. Será que os bombados Stallone, Dolph Lundgren, Jason Statham, Mickey Rourke, Terry Crew… têm coração? Têm ideologias contrárias à exposição de peitinhos dançando sob o efeito da gravidade? Ou estão tão ocupados malhando ao som de “Boys are Back in Town” do Thin Lizzy? E, aproveitando a seqüência de perguntas: porque Van Damme não está neste filme?…

"Dica de atrizes e figurino, para my friend Stallone Cobra." - Alexandre Aja

Por fim, Mercenários é válido pela violência exacerbada e por reunir tanta figura do submundo dos filmes de ação, mesmo em cenas curtas e pessimamente atuadas que, no entanto, ironizam os próprios atores presentes (ex.: a seqüência da igreja, única cena em que atuam O Exterminador da Califórnia e Bruce Willis, assim como as cenas em que Jet Li sacaneia a si mesmo quanto a sua altura). O filme também é capaz de deixar os espectadores ansiando por armas de fogo que transformam um ser humano em geléia e desejando algum dia testar uma: no chefe, no vizinho, no playboyzão da esquina, na ex-namorada, por aí vai… Mas como não existe desejo maior do que filmar Kelly Brook e Riley Steele de biquíni em uma lancha, entre Stallone e Rodriguez, fique com Aja: ele nunca erra, nem nas doses de violência, nem nas doses de nudez feminina, nem no estratagema de featuring. Será que no próximo filme ele convida a hoje esquecida Tawnee Stone? Eu estou na torcida e compro o ingresso com antecedência. 3D, por favor.

Saul Mendez para o Gore Bahia, 06/09/2010



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